A memória do trabalho manual de Gandhi: A marcha do sal
“... Ninguém tinha uma pitada de sal para pôr no arroz simples”.
Gandhi se referia com isso ao
monopólio do sal que o Império Britânico impusera no país. Para combater, ele empreendeu
uma longa peregrinação, caminhando 24 dias até o mar. No dia 6 de Abril de
1930, encheu uma chaleira de água marinha, acendeu um fogo com um punhado de gravetos
e pôs a ferver. Evaporada a água, recolheu do fundo um punhado de sal. Em todas
as praias da Índia, acendeu-se milhares de pequenas fogueiras sob pequenas chaleiras.
O alcance político desse
feito causou a prisão de Mahatma, já com 60 anos, e o espancamento e cadeia
para seus seguidores, cujo crime consistira em produzir com as próprias mãos um
saquinho de sal.
“A única revolução possível é dentro de nós”
Não é possível libertar um povo, sem antes, livrar-se da escravidão de si mesmo. Sem esta, qualquer outra será insignificante, efêmera e ilusória, quando não um retrocesso. Cada pessoa tem sua caminhada própria.Faça o melhor que puder.Seja o melhor que puder.O resultado virá na mesma proporção de seu esforço.Compreenda que, se não veio, cumpre a você (a mim e a todos) modificar suas (nossas) técnicas, visões, verdades, etc. Nossa caminhada somente termina no túmulo. Ou até mesmo além...Segue a essência de quem teve sucesso em vencer um império...Mahatma Gandhi
Texto baseado no capítulo "O trabalho manual: Uma leitura de Gandhi" do livro "O tempo vivo da memória", de Ecléa Bosi.
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