quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

 A memória do trabalho manual de Gandhi: A marcha do sal



“... Ninguém tinha uma pitada de sal para pôr no arroz simples”. 


Gandhi se referia com isso ao monopólio do sal que o Império Britânico impusera no país. Para combater, ele empreendeu uma longa peregrinação, caminhando 24 dias até o mar. No dia 6 de Abril de 1930, encheu uma chaleira de água marinha, acendeu um fogo com um punhado de gravetos e pôs a ferver. Evaporada a água, recolheu do fundo um punhado de sal. Em todas as praias da Índia, acendeu-se milhares de pequenas fogueiras sob pequenas chaleiras.

O alcance político desse feito causou a prisão de Mahatma, já com 60 anos, e o espancamento e cadeia para seus seguidores, cujo crime consistira em produzir com as próprias mãos um saquinho de sal.


“A única revolução possível é dentro de nós”
 Não é possível libertar um povo, sem antes, livrar-se da escravidão de si mesmo. Sem esta, qualquer outra será insignificante, efêmera e ilusória, quando não um retrocesso. Cada pessoa tem sua caminhada própria.Faça o melhor que puder.Seja o melhor que puder.O resultado virá na mesma proporção de seu esforço.Compreenda que, se não veio, cumpre a você (a mim e a todos) modificar suas (nossas) técnicas, visões, verdades, etc. Nossa caminhada somente termina no túmulo. Ou até mesmo além...Segue a essência de quem teve sucesso em vencer um império...
                                                                                                                 Mahatma Gandhi




 Texto baseado no capítulo "O trabalho manual: Uma leitura de Gandhi" do livro "O tempo vivo da memória", de Ecléa Bosi.

Nenhum comentário:

Postar um comentário