quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

A CORRELAÇÃO DA INTERSUBJETIVIDADE NA ALTERIDADE

A questão de Alteridade, ou seja, a relação/interação social entre o Eu e o Outro, é um assunto recorrente que vem sido discutido desde a antiguidade.
Se partimos da idéia que  o sujeito é uma contínua construção que depende, sempre e ao mesmo tempo, dele e dos outros; por isso ele é sempre outro, puro processo, e nunca algo consolidado (Silva, 2012), podemos observar que isso gerará uma crise na subjetividade prizatizada do próprio indivíduo.  O ideal de plena liberdade e individualidade que constituira o indivíduo, não passa de mera ilusão. A partir de agora, a experiência subjetiva do indivíduo será vista como intersubjetiva, pois a maneira como eu interajo e me relaciono com o outro que mostrará o que eu serei.
Emmanuel Lévinas diz que “o outro está sempre diante de mim, e essa presença é tão forte que me constitui. O outro está antes do Eu. A liberdade do Eu então, ocorrerá da responsabilidade de suas ações para com o outro, ou seja, deve-se verificar se suas atitudes correspondem às necessidades de outrem. E tal ação não precisa ser recíproca já que o que se deve considerar é o princípio ético de alteridade.
A relação de intersubjetividade se torna o fator mais importante na interação entre o Eu e o outro. Para que isso aconteça, há também que superar o solipsimo, quer dizer, abandonar a idéia de interiorização do Eu, a negação de tudo que está além de mim e reconhecer que o Outro e não eu que desempenhará o papel principal.

Por fim, temos que considerar também que alguns fatores como o histórico, cultural, social e econômico, por exemplo, contribuirão tanto na construção desse “vir a ser” do indivíduo, como na construção do outro e também na forma em que ambos estabelecerão essa relação de intersubjetividade.

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