A Democratização da Comunicação,
na Luta Contra o Estereótipo e o Preconceito
Como a democratização da mídia
ajudaria no combate ao preconceito e ao processo de estereotipia tão presente na comunicação brasileira, em relação às minorias
políticas no Brasil? Basta percebermos e realizarmos uma reflexão:
Quando nós vemos os povos indígenas ou quilombolas, por exemplo,
representados em um programa de TV aberta - É praticamente nula a
produção de conteúdo (embasado e coeso) voltados para certos
setores da sociedade - Os indígenas por exemplo, são postos de
maneira (erroneamente) humorística, por supostamente "não
saberem falar corretamente", ou o negro, marginalizado e
relacionado a má educação, nas telenovelas brasileiras.
A televisão já faz parte da cultura
brasileira e é a principal fonte de informação e formadora de
opinião da sociedade. Porém, existe um grande problema causado
pelos grandes monopólios das empresas de comunicação do país, que
dominam as TV's, rádios e jornais impressos: A falta da diversidade
dos pontos de vistas na comunicação, causada pelo o acúmulo de
poder nas mãos de poucos que "dominam" a informação no
país.
A autora Eclea Bósi, explica no seu
livro: O tempo vivo da memória, como se dá o processo de estereotipia:
"Quando entramos em
um ambiente novo, de estimulação complexa, passamos por instantes
de atordoamento. Tudo é uma mancha confusa que hostiliza os
sentidos. Aos poucos, as coisas se destacam desse borrão e começam
a nos entregar o seu significado, à medida da nossa atenção. É o
trabalho perceptivo, que colhe as determinações do real, as quais
se tornam estáveis para o nosso reconhecimento, durante algum tempo.
Essa colheita
perceptiva, relação de trabalho e de escolha entre o sujeito e o
seu objeto, pode sofrer um processo de facilitação e de inércia.
Isto é, colhem-se aspectos do real já recortados e confeccionados
pela cultura. O processo de estereotipia se apodera da nossa vida
mental."
A luta pela
democratização da comunicação vem para combater o comportamento
da mídia atual, afim de fazer valer de fato a liberdade de expressão
e a democracia na produção de contudo em comunicação, com
variedade, diversidade etno-racial, de gênero e orientação sexual.
A pluralidade também faz parte da luta pela democratização,
combatendo os monopólios das empresas de comunicação e estimulando
a produção local.
fonte: http://paraexpressaraliberdade.org.br/
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